“No gênero Gryllus, os genes afetam o comportamento de “cantar”. Há linhagens de bons cantores (que cantam com elevada frequência) e de maus cantores (que cantam com uma frequência menor). Existe também uma terceira linhagem de machos satélites, que não cantam, mas que se posicionam entre a fonte do estímulo sonoro (ou seja, o macho cantor) e a fêmea. Estes machos satélites não se esforçam para atrair as fêmeas, mas obtêm elevado índice reprodutivo. Portanto, genes para machos satélites têm maior chance de replicação.
No entanto, aqui mais uma vez a dança evolucionária ocorre. Se na nova geração houver um número maior de machos satélites, pode-se assumir que o número de machos cantando será menor e a probabilidade de um macho satélite encontrar uma fêmea será menor que a do macho cantor. Sendo assim, na próxima geração deverá ocorrer um aumento na frequência de machos cantores, o que irá privilegiar os machos satélites.”
FERRAZ, Marcos Rochedo. Manual do comportamento animal. Rio de Janeiro:
Editora Rubio, 2001. p. 69. Disponível em: < http://issuu.com/editorarubio/docs/
manualdecomportamentoanimal>. Acesso em: 03 fev. 2011.
Com base no texto sobre o comportamento reprodutivo dos grilos e sua capacidade de cantar, quais características gerais dos seres vivos podem ser destacadas claramente no relato?